Na essência da sabedoria, observação, trabalho, pesquisa, esforços, capacitação... até muita simplicidade está a figura do valioso figurante HISTORIADOR. Ele, a brandura do puro realismo, preso ao elevado idealismo dos seus relatos, contos e historias.
Nos núcleos interioranos é um verdadeiro amigo da convivência dos mais variados antros, um convite típico de um caminhante, que vagueia pelas estradas de sua vida, e do todo ao seu redor. Ao acalanto noturno é o amontoo de registros para o porvir, porque de fato, de conto em conto é uma importante matéria para as suas verídicas criações. E, na dificuldade de enumerações e combinações que faz de suas histórias, as estórias de uma época ou do próprio momento. Ele é um verdadeiro escritor, um autodidata, porém uma inteligentíssima figura humana, porque é o colaborador do passado e do contemporâneo. Sua existência marcante fica nos anais da história permanente dos povos e núcleos populares. De banco em banco, de caminhada a caminhada vai o HISTORIADOR, aquele que busca no remoto oficial, os mais antigos documentos para as argumentações do verídico dos acontecimentos. É o responsável pelas indicações dos nomes ilustres, com biografias completas, de personagens que no pretérito deixaram as suas marcas de elevada participação de uma coletividade. Sim, os grandes patronos dos logradouros públicos ou estabelecimentos oficiais são devidos ao ilustre HISTORIADOR. E, não há uma comunidade sem o seu HISTORIADOR! Ele é o enviado pela paciência, ligada a um DOM elogiável e aplausível. Colaborador primeiro, de colunas marcantes dos jornais, aquele que traz à tona fatos e acontecimentos esquecidos pelo tempo e que as novas gerações fazem a história do passado. Na sua humildade, certeza, confiança, todos confiam nele; é uma ilustríssima personalidade. Se, de recortes dos velhos exemplares, entre livros e jornais, não bastam... ele convence por fotos mais antigas possíveis. É também, sem nenhum dote um colecionador. Os seus valores são polivalentes, uma multiplicidade infinita de préstimos e organização. É um perfeito ser metódico dos seus arquivos e catalogações. Há o HISTORIADOR dos bancos das praças, esse o orador, o contador de fatos, mas que exprime dotes de memorização dos tempos e séculos. Na antiguidade, faziam parte dos grandes intelectuais, os doutores dos acontecimentos mais elevados da ciência física e humana. Os mais cotados da história geral protegeram-se no servir do aprimoramento dos grandes homens, os quais marcaram época das descobertas e avanços com a chegada de cada geração do tempo e espaço. O verdadeiro HISTORIADOR não se inclui em "cada conto um conto” (de mudanças ou transformações). A autenticidade lhe é uma virtuosa companheira. Há quem relata que cada indivíduo é um HISTORIADOR, porque cada vida é uma história à parte, de cada meio de sua própria convivência. Porém, os meios, como fontes de registros não se equiparam à sabedoria do verdadeiro, nato HISTORIADOR. As grandes catástrofes, os fatos mais pitorescos, como os negativos são cunhos de elos, como patrimônio de conteúdos vastos, objetivando cadência, combinações, comparações e lógicas imaginárias e admiráveis por parte daqueles que ouvem os fatos e acontecimentos de um narrador de histórias. Ele é um dominante, um grande falador, um fortíssimo comunicador de massa, um muitíssimo procurado, até um conselheiro, pelas deduções do antes para o agora... porque ele faz a própria história da Humanidade. Nunca será esquecido; sua memória é exemplo marcante, edificador de tempos, precursor de importantes documentos, memoriais dignificados e arrebanhados em centros culturais, educativos ou em museus históricos. E, numa inversão à qualificação valiosa ele, o HISTORIADOR, ganha o seu pouso em qualificados destaques como patrono dos mais edificantes meios comunitários. Sua vida foi uma obra, também uma história dos seus passos marcantes, contidos de suas experiências, vivências e convivências entre as povoações. Ele cria o hábito de escrever, mesmo na distância de ser um escritor eminente, porque descrever os fatos da história é a simplicidade de como ela realmente acontece no decorrer do tempo e na vida de cada HISTORIADOR. É o participante da luta, efeito sublime da verdade para a colaboração dos seus próprios alheios, distintos de idade e vivência. Labutador, sem ser um profissional, viaja um dia à eternidade, muitas vezes, sem nenhum reconhecimento, esquecido, desvalorizado, solitário, embora sempre ouvido, mas depois no triste esquecimento pelos seus préstimos e valores. Voltando para uma síntese do todo existente sabemos que em cada página de um escritor ou autor há a interpretação da verdade de quem pesquisou, colheu e espalhou os bons frutos de uma história e descobertas. E, um HISTORIADOR, é um "LIVRO AMBULANTE", um ser digno de recompensas, mesmo que for por simples memória, porque ele faz e fará sempre o seu papel da LUZ DA HISTÓRIA na sua eminente e elogiada figura como um FIGURANTE HISTORIADOR!
DIVERSO UNIVERSO DE CRÔNICAS
Autor do texto:
Rodolfo Antonio de Gaspari