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INFANTILIDADE
INFANTILIDADE

 

§§§ Num campo de ficção corre o tempo na saudade doída dos passos da convivência com relacionamentos variados e contidos no fundo do "ego" da recordação. Na lentidão sublime dos momentos em transe às páginas reveladoras do passado como amontoo dos fatos, revividos no hoje, de uma infância distante, imatura, mas muito prazerosa.

§§§ Corre pela mente, as páginas dessa INFANTILIDADE de sonhos, fantasias brincadeiras, rolar de piões, pegadas escondidas no vagar do ontem. Nos filmes dos mocinhos, das cavernas, monstros, medos, calafrios e até da morte.

§§§ Vem vagamente à primeira experiência dos estímulos de uma anatomia humana, progressiva, simétrica, sem falhas; das exigências sem fim, causada pelo imaturo crescimento da mente, geradora das descobertas.

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FOMOS OU AINDA SOMOS UMA CRIANÇA?§§§

§§§ Bem às escondidas o procedimento dos gestos e atitudes, recalques ou não, quem sabe engavetados estão ainda, o ato da INFANTILIDADE, conhecido como  momentos indevidos de comportamento, mesmo no ato de ser um pleno e consciente adulto.

§§§ Na passarela, voltada no ontem de criança, dos tropeços do hoje, uma criança adulta, a colocação do sentido exato de criação e preservação dos elos humanos de uma solidariedade ínfima de ainda estarmos crescendo e, gradativamente ainda aprendendo a ser um bem formado, nunca esquecido por ter sido um INFANTIL DA INFANTILIDADE.     

§§§ Em uma linha da vida, bem esticada, belamente atravessamos o todo dentro das suas cabíveis e desejáveis descobertas, pela vivência por estar experimentando os passos da própria existência, uma mostra de tudo do nada que sabemos desde o gatinhar da infância.

§§§ Dos doces méis ao amargo das lágrimas adultas, o lavar um interior do sabor lindo de ser criança ou ter sido um tenro infantil. Um verdadeiro conto de fadas às realidades de um contemporâneo vivenciado aos paralelos de uma pequenez nítida e salutar. Os mesmos almejos das fraldas ao cheiro natural dos dias mais floridos dos bebês ao afago do amor e carinho. Crescem os fatos, como os dias são adicionados de crescimento na firmeza do presente, semi-amadurecido, porque nos restígios da infância ainda estamos presos na recordação.

§§§ No condicionamento à aprendizagem do andar e falar, o clamor do aperfeiçoamento como forma de uma reciclagem de vastas fases gradativas do passar dos anos.      

§§§ O esquecimento do processo dessa evolução humana, para o crescimento e gozo de nítidas oportunidades, desejosos de voltarmos à lentidão na maciez da alma ingênua, fantasiosa para as surpresas ocorridas ao longo do passo, mas que teve o seu início no caminhar de uma criança.

§§§ As alegrias no carrossel, uma giranda de roda-gigante à altura dos sonhos limpos, perfeitos, contidos no evaporar rápido de tornarmos um adulto conhecedor das provas e pecados. Surgem as lendas sem fadas e estrelas distintas como o sol e a lua dos dias de agora voltados, amadurecidos de um adulto.

§§§ Uma nova roupagem, substituída pela pressa do decorrer do tempo, complexo, difícil das gerações ao bálsamo salutar de outrora, nos dias vividos de plenos infantis. As correrias, antes em forma de brincadeiras, hoje na preocupação da falta de tempo para as entradas às experiências dos restantes dias de luta, símbolo de trabalho amadurecido de um adulto.


§§§ Uma diferença grande de situações sem comparações ao elo primeiro da infância à responsabilidade de se chegar ao presente, uma forma constitucional de se fazer no tempo uma criação para as procriações futuras de energias, fertilidades contínuas para que nunca se deixe, a vindoura geração ausente da presença de uma criança.  

§§§ Aos fracassos sem a persistência de melhorias é a própria ausência de uma estrutura passada em branco, sem linhas e palavras nos alicerce e raízes da infância. Os vícios, submundos, desvios, ociosidades... são processos gerados na formação ou lapidação sólida e perfeita nas estratégias dos ensinamentos primeiros do próprio infantil. Os não do passado confirmam os sim do presente fracassado ou alienado dos seres adultos, mas imaturos por não terem sido uma criança.

§§§ A INFANTILIDADE, sinônimo de um ser adulto em miniatura é o retrato de uma criança, presa no ato de brincar, de entender mais o crescimento da alma do que do físico decadente.   

§§§ E, na velhice, fator cronológico voltamos a ser criança, a gatinhar mais pela mente, uma regressão de que todo processo vem dos primeiros comportamentos e passos da INFANTILIDADE.

§§§ Numa esperançosa maturidade adulta, certificados de que levar um sorriso nos lábios de uma criança é crescer para o amanhã, é o sorriso feliz de uma aprendizagem contínua do "eu interior" até o término na extinção como resultado da morte. Tudo porque na INFANTILIDADE SOMOS ADULTOS AINDA UMA CRIANÇA!  
 
 

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Autor do texto:
Rodolfo Antonio  de  Gaspari - Prof.- Roangas-